terça-feira, 15 de julho de 2008

Dor.

Há dias em que devemos externalizar a dor
esse grito que urge em nosso peito, tua voz assas
boceja em meu nariz escárnio.
Não vejo mais nada.

Logo em seguida fico paralisado
olhando tudo em minha volta, ouvindo ecos,
são vozes que não querem calar...
Dar lugar a alvorada é uma questão de tato.

sou o estrume de uma existência
vagabunda. O mal cheiro da beleza de
um corpo putrefato.

Somos nós. Oh! existência maldita,
não me julgues, te quero como te odeio.
Meu ódio é amor incondicional.

Nas crostas de uma pedra qualquer
lapidei minhas garras.
Sou forte o bastante, posso passar por ti.
mas nunca hei de esquecer teu rosto eloquente.

já não faz sentido ter sonhos psicodélicos
se em meus sonhos, sua realidade e menos real.
Tal qual beleza questionável da realidade
peço aos Deuses, que seja verdade, e mesmo que não
seja, hei de passar por ti.