sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Artur Weber e um raro momento de Paz.

Pela manhã passáros cantam em versos uma linda canção. Pela manhã a aurora inspira explendor, Sinto o perfume de uma nova era, sinto os passos acanhados na rua, ouço as vozes das carolas cantando, vejo o bebâdo a brindar o santo, os pães quentinhos de outrora (...) sinto-me bem. Um inconoclasta liberto de seu carma, nem sempre e assim. - sei muito bem, nem sempre é assim; depois de tantos pesadelos, noites sombrias, fanstasmas ocultos, raros são momentos em que a natureza vem nos presentear com suas vestes de energia sagrada e resoluta. Vive-se muito tempo e ama-se muito a vida para ter raros momentos de paz(...) Mas como o sono que outrora rouba-me de minha lucidez, não há nada que deponha tanto á favor da vida quanto estes raros momentos que narro; ainda me perguntam por que somos tão pessimistas ou realistas, que seja. Mas ao respirar ar tão puro, se descobre, que nem mesmo o maior orgásmo pode superar esse bem estar. Artur Weber, até mesmo em sua face mais demoníaca, um dia sentiu-se perto de Deus, sem que pra isso, precisase falar(...) Não há silêncio, nem desejos carnais que possam explicar; um o raro momento de bem estar, bem estar consiguo mesmo, Um breve momento de paz.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Artur weber - Pesadelo sem cura.

Depois de ler dias á finco, enquanto muitos comemoravam "Carnaval". Não me interessa os outros e suas manifestações folclórico-maniqueístas que necessita de um feriado mesquinho para exaltar as orgias que outrora vivo todos os dias. Há muito tempo dormia em paz, após ter transado comigo mesmo, pensei que estivesse curado de meus pesadelos. Não que busque uma cura ou terapia. A sensação de que não posso dormir me chateia, tenho a impressão de que dormindo enlouqueço, perco a razão. O que deveria ser descanso, se torna um emaranhado de sentimentos acordados. Muitas vezes sensações ruins. Por favor! peço aos psicanalistas de plantão que, não determinem, muito menos reduza tais experiências como se fosse religião. Não há nada de místico em viver uma vida dúbia, ser racional durante o dia e experimentar a loucura em forma de pesadelos. - Enlouqueci. Por volta de mais ou menos, 10 anos, venho tendo o mesmo pesadelo, ora descontínuo, ora linear. Se este remete ao meu passado? - Diria, que sim, remete aos anos de colegial, tempo em que meu talento para literatura fora abafado pelas peripécias escolares. Todo aquele ambiente, e a luta que se fazia para produzir... não foi uma época muito boa. Ainda ouço meu coração bater forte, ao me sentir um aluno, desconfigurado, causa perdida em termos de conhecimento. Humilhado pelos meus pares. Mas sobrevivi, apesar das crises, o abandono inicial, o complexo, e a vontade de não ver tanta gente todos os dias. Esse pesadelo não acabou. Acordo suado, em uma sala de aula me sinto confuso, o ano letivo acabando, meu desespero... pois, mais uma vez ... não fui capaz de me organizar e terminar o ano com média. Sinto cheiro de choro e desespero. Não quero remeter á nenhum trauma. Não é esse o objeto de minha análise, embora pudesse ser verossímil. O que quero tratar e o delírio. Como posso enlouquecer nas noites que durmo, e pedir socorro ao café, pra que não durma mais á ponto de ter o mesmo pesadelo. Há 10 anos, sinto cheiro de escola em minhas alucinações, não controlo a decepção e o fracasso de mais uma vez ser reprovado. Embora tenha sido reprovado, realmente, a mais de 10 anos. O que mais intriga em meus pesadelos, e que, hoje, exerço o pensamento através da literatura. Podem confundir-me com meu professor, professor que menos importa em meus pesadelos, pois aquele que sempre falha, que não consegue fechar o ano com nota sou "eu". Mas além dessa conjugação ( Sala de aula - cheiro de escola- aluno- professor). Entra o aspecto "razão" aparentemente esses termos não se conectam. Mas nessa encruzilhada rizomática, essas coadunações "inconscientes" que projeta- (produz) uma experimentação, ao invés, de sintôma e análise. A experimentação que interessa é a" loucura" o delírio produzido pelo pesadelo. O medo de dormir, sobretudo, um olhar acientífico, da questão. Não importa os sintomas ou a cura, nos importa ir fundo... ir longe, expandir as linhas da loucura ou des-razão. Caso seja necessário, ter o mesmo pesadelo, a vida inteira, experimentar a sensação ímpar que trás... Tudo isso, é mais precioso, que a cura psicanalítica.