sexta-feira, 5 de junho de 2009

BASTA.

BASTA!

Basta soprar poesia, e estarei lá
basta viver mais um dia e estarei contigo
na rua, no destino, no devir do caos
basta ter simetria, podemos cantar

Basta ter uma voz pujante
não é necesário ter luz
basta amar a vida.

Basta amar o que faz
a vida nos conduz...
basta amar uma mulher...
ter boa vontade? basta esperar amiude, sentir saudade.

Basta enxaguar teus pés
basta lhe trair com um beijo
basta ser no rosto, basta ter dinheiro.

Basta não bastar; e de tédio dar um basta!
basta! tanta mediocrídade;basta tanta coisa
que falta, até o pão. Mas como basta essa situação?
Grita um ativista - basta! sozinho no escuro de seu quarto.

TEMPO.

Tempo.

Faz um tempo que eu dei um tempo
Mas o tempo ainda não passou
Se no tempo que o tempo passa
Vê se passa tempo, tempo já passou

Faz mil dias e eu não te esqueço
Se me lembro quero te esquecer
Já faz tempo que se deu um tempo
Já faz tanto tempo, quero descrever

Já são quase duas da manhã
Uma hora isso vai acabar
Mas uma hora ainda está longe
são quase quatro; vou continuar

Estou esperando o tempo e o vento.
Faz muito tempo e ainda não ventou
Se for vento; e o vento vira tempo,
Tempo vira vento. O vento assoprou.

ANÕES SERPENTES.

Anões serpentes

Ouvíamos tão calados
Nossa música tocar
E, aquele velho rádio,
Não parava, sem parar...
Até que um belo dia
O futuro veio á mão

A sua mão direita
Nossa, fé, percepção
Fizemos nossos dias
A nossa redenção

Vivemos nossos
Versos; versamos á beleza
Escondemos os desejos
Só nos resta enxaqueca

Fechamos nossos olhos
Pra não ver o que queríamos
Abrimos nossas mentes
Pra lavar nossas feridas

A vida é um jogo. o jogo imita
Á vida. São cores diferentes
Diferenças coloridas
As cartas no baralho
Embaralham muita gente

Sei que tudo está em jogo
Sei que tudo está presente
Embalsamados, apresentados, iniciados...
Anões serpentes...

INDIFERENÇA- UMA PRECE AS FUTILIDADES DE CONGRATULAÇÕES.

A indiferença me criou; abandonou-me o amor em troca de vida
apaixonado pela indiferença (...) Me criei, abandonado ao medo sublimei o desejo de masturbar-me em público,como Diógenes o louco, ou seria o cético? Não importa, atrapalha os versos.
Cuspir em toda essa gentinha parte da qual sou; Gentinha (academia) - (Artur Weber sorri como um louco). Transfigurei-me em indiferença (...) Renomeei em complexo de grandeza herdado de minha gente mal-educada. Mas como todo bom acadêmico;educado nas letras e absurdos; vou cagar nas calças e feder em público enquanto me aplaudem. O Fedor já é tão intenso, que nem ao menos vão perceber.