terça-feira, 30 de setembro de 2008

Nossa Música.

Poesia e noite, mesa farta de pedaços, palpite, solidão.
Abro a janela, minha insônia me abraça. Diz amíude, não quer me deixar...
Sou desespero, apenas uma figura póstuma, se faço algo, só pode ser poesia. Já tentei física,psicánalise e filosofia... na política ví as dores de um poeta menor. se ser poeta e se achar no poço fundo da história, sou garimpeiro a procurar barro no ouro. Se ser poeta é lamentar...
Abraço o cume da vida, sou um passita a procura de vida. Em cada passo, sou o tropeço, o preço de ir adiante. Amor e odio, crime e culpa. Falsete de um delirante. Já é muito tarde, confesso que perdi meu tom enrijecido. Prefiro me calar. façam silêncio! Por favor! façam silêncio - Deixe a silhueta da moça falar, deixe meus ouvidos falar - Calem a boca! me deixe desregrar minha potência. Me deixe durmir. calem a boca! Ouçam, apenas ouçam - Nossa música tocou... Pela última vez.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Minha mente clama por um corpo sem órgãos ao estilo de Artaud. explodir é tornar-me intenso, não rogo nesses linhas ser entendido. Não entendo o porque pensar coerência, se via de regra, coerência se torna imperativo pra pensar. Não há liberdade dentro de uma linha coerente. Minto desde que seja coerente a partir daí é possível falar em liberdade. Que liberdade é essa que precisa de um pressuposto pra libertar. Como é possível falar em razão em vias de regra, se o discurso sobre o irracional para ser discurso deve ser racionalmente compreendido. A filosofia está longe de se libertar de seus fantasmas lógicos. Espectros de uma não contradição ou de uma contradição dialética deliberada pelo pensamento Racional. Em filosofia as paixões e pulsões, foram deixadas de lado ao longo da modernidade. O dever suprimiu o devir, nossas paixões provinda de uma des-razão ametódica, só tomaram seu corpo de uma virtualidade absoluta quando trabalhados conceitos entre filosofia e demais artes, de acordo, que, tal intercâmbio pode produzir uma multiplicidade a princípio indeterminável. Como todo indeterminével não tem pressa de chegar, termino minhas meditações ciente de que como Artaud é preciso explodir esse corpo da filosofia até então pressuposto. Criando um novo do qual ninguém nunca ouviu falar.