sexta-feira, 31 de julho de 2009

O ROMANCE 3

Artur Weber anda de um lado para o outro insatisfeito com o que escrevera, de certa forma não aguentava a angústia de escrever livremente como um cavalo alado. Perdera totalmente o campasso. Resoluto, pensou: - talvez fosse o momento de parar, tinha provas a corrigir uma pesquisa a continuar; mas algo lhe impedia de parar. Sabia que não escrevia somente pra si mesmo, disso tinha convicção, e pensava que esse argumento poético não lhe valia, pois não era homem de falsa modéstia, um professor mediano, um homem circunspecto, altamente previsível academicamente, mas sabia de seu valor e de sua potencialidade. Conquistara o respeito que tinha por seu trabalho sério, dedicado, mas uma vida inteira dedicada ao trabalho e a educação embora fosse sua paixão desde sempre não bastava. Algo faltava; era fato, não se incomodaria se não terminasse nunca o romance, todavia lhe incomodaria muito publicar algo abaixo de sua própria expectativa. Arrogava de sua rigidez acadêmica, mas lhe faltava o mundo, um mundo a conquistar; o submundo das letras, os porões da linguagem onde as letras falam dançam e pregam peças em seus autores, se sentia um fantoche nas mãos de seu próprio romance e talvez fosse melhor assim, talvez escrevesse deixando as letras escreverem e no compasso de sua mente e sua mão, repousava a arte que buscara em tantos livros e de muito perto nunca pode comtemplar nos tratados de filosofia e literatura que lera na juventude. - Talvez, imaginara Artur Weber, somente os escritores podem ter essa sensação de ser levado a dizer o que nem sempre pensara em dizer e não dever satisfação a ninguém. Era noite, a janela do prédio em frente aberta, as crianças brincando com o pai, a mãe feliz por ter a família reunida e tudo que lhe restara naquele momento talvez fosse essa paisagem e o ato de escrever, sozinho, por opção ou inspiração, não se sabe ao certo, talvez fosse preciso. - Imterrompo meu próprio romance novamente pra lhes dizer: a solidão as vezes é criativa, mas dói, é preciso ter forças e buscar alento, a depressão as vezes pode ser a cura da morte, pois se morre em vida muitas vezes quando se está deprimido. Contudo é lícito a um homem que morre tantas vezes o dom da arte de escrever, talvez esse dom seja fruto dessa arte de morrer em vida. - Conclui Weber. Weber fita novamente a janela do prédio em frente ... sorri com os passos das crianças e escreve um poema. Na vida se vive, se chora, se ama.
Alguns homens nascem livres demais ...
vivem demasiadamente solitários, cativos,
Em meio sua própria liberdade.

Weber não se sente bem, hoje talvez seja um dia muito difícl; continuar falando de André e Carolina talvez seja impossível, mas é preciso terminar essa estória, e preciso terminar sempre... eis que vozes estrondantes entram pelo corredor e batem a porta do apartamento. Artur aliviado atende a porta e dá de cara com dois amigos professores do departamento de Ciências Sociais da universidade. - Um deles, o baixinho e falastrão Romeu diz em tom engraçado - Se Artur não vai a meca, maomé vai até Artur, veja o que trouxe meu amigo: Wisky do bom, diz em tom bêbado, cambaleante. - Vamos entrar, diz Artur, e obrigado pela comphania do Wisky, em tom irônico complementa. O outro amigo, Luiz, está tão sóbrio quanto seus olhos esbugalhados, mas eis que este trás consiguo uma cachaça das boas e diz: - minha contribuição para que possamos conversar, Artur, o que está lhe acontecendo amigo, você sumiu dos bares? - Estou escrevendo nas horas vagas, mas vamos beber... hoje não posso continuar no meu projeto preciso de um porre pra me sentir vivo. - É assim que se fala, Artur -(glup)- Romeu em soluções dizendo. - Artur o pessoal do bar diz que você anda escrevendo um romance é verdade? pergunta Luíz.
- Depende;estou cansado de me contentar com a vida que venho levando, resolvi escrever, pensei que fosse fácil mas algo me impede.
- Mas você é um professor competente, tem uma vida estável, e depois, já não somos tão jovens pra sofrer essas crises existenciais. Diz Luíz em tom crítico.
- contumaz Luiz, vai me dizer que realizou-se ? não tem sonhos, e quando acorda de manhã nunca se sente vazio?
- bom, Artur confesso que se não fosse minhas três filhas, e o amor imenso que sinto por elas não teria tanta razão de viver; não há nada no mundo mais belo que ver seus filhos crescerem depois de carrega-los no colo, confesso que isso me impulsiona a viver. Talvez se você tivesse família, por falar nisso, e sua família, depois que seus pais morreram nenhum irmão, parente, primo? Nada!
- Luíz sabes que não gosto de falar sobre esse assunto; mas depois que meus pais morreram escolhi me recolher, não tenho irmãos, sou filho único. Vivi a vida inteira para os meus pais e faria novamente, mas esse assunto doí,contudo, não quero evita-lo.
- Imterrompe Romeu: Ora se vocês quiserem conversar sobre isso, eu até entendo, vou contribuir com um "discurso" mas por favor! vamos beber mais antes de falar.
- Enfrentando um gole de wisky; Artur diz: Que diabos! acho que estamos bem, a bebida está ótima. Sabe Luíz não escolhi viver sozinho, não escolhi não ter filhos não me casar, ter relações pouco duradouras, sempre pensei que tivesse escolhido isso, mas estava enganado, na vida nos escolhemos, é verdade, mas algumas situações nos levam a nos acomodar.
- Não compreendo Artur, sinto muito - Diz luíz um pouco intrigado.
- bom... quase fui casado aos vinte nove anos me apaixonei perdidamente por uma mulher e depois de algums meses estávamos morando juntos, um dia ela simplismente foi embora, fiquei vagando, bebendo e me torturando durante um tempo, tantos sonhos em conjunto e um belo dia tudo se esvaiu, mas continuei a vida, sempre se continua a vida. Depois aos trinta e seis ... ( - uma pausa). Romeu insinua risos e caçoa doa amigo.
- A Tereza, aquela vagabunda, sabia Artur que você ainda amava aquela mulher (...) -Romeu completamente bebâdo interrompe a fala de Artur.
- Cale a boca, Romeu, beba mais e escute, não me interrompa.
- Sim a Tereza, hoje somos bons amigos, mas quase nos casamos não se lembram meus caros ?
- Mas nesse caso Artur, se me permite, foi você quem a traiu - Diz Luíz em tom esguio.
E Romeu deixe de ser machista e chamar todas as mulheres de vagabundas, todos nós sabemos como trata sua esposa, de forma tão carinhosa e romântica que nem parece esse bebâdo com quem falo. Aliás interessante o fato de que só está bebendo hoje pois ela viajou, caso contrário andarias na rédia como sempre foi seu casamento, o que acho ótimo como seu amigo, sua mulher lhe deu mais dignidade.
- Eu não quero me defender nesse estado, vamos, desculpe, continuem. Mas que é vagabunda é vagabunda... - Romeu delirando em meio a tanto Wisky parece rosnar em vez de dizer alguma coisa.
- Confesso Luíz, eu a traí, nossa separação talvez fosse questão de tempo, me acostumei a viver solitário de tal forma que quando estou gozando de uma felicidade conjugal, por irônia do destino acabo me envolvendo em siladas.
- Pois então amigo, uma vez traído podes imaginar a dor da traição em alguém com o espiríto tão puro como o de Tereza.
- Imagino tanto quanto posso beber; não sei se foi a vida amigos que me levou a estar escrevendo um romance, solteiro, aos querenta anos de idade, com uma merda! de emprego estável, um monte de compromissos, quando talvez quisesse ou pudesse viajar o mundo sem hora pra acordar, sem ler por compromisso, sem ter que trabalhar como um louco mais por necessidade que por prazer... mas de uma coisa eu sei; preciso disso. Esse romance pode me salvar, não preciso de um casamento, nem dos filhos que não tive, embora os do vizinho me deixe um tanto melancólico.
A noite avançara e Romeu durmiu ali mesmo num sofá; não se aguentou de bêbado, enquanto Artur e Luíz decidiram ir mais fundo na conversa.
- Luíz, concordo que suas três filhas sejam a razão do seu viver, adimiro o amor que tens por elas, e o amor que elas tem por você, mesmo morando tão longe. Talvez isso, lhe fortaleça e acho bonito, mas o que te faz um homem solitário não difere muito do que me faz um homem sozinho no mundo. Dois casamentos, tantas frustrações; seus namoricos após os cinquenta anos de idade, acho importante, você é um homem exemplar mas talvez tenha apenas suas três filhas mesmo.
- Artur; tenho a razão do meu viver, nos apegamos a pessoas e acreditamos demais nos outros, dependemos dos outros pra viver em sociedade, e suas atitues exêntricas as vezes vai contra essa natureza, me machuco muito com as pessoas ainda hoje ... e não acho que afastalas de mim me fará um homem feliz, prefiro me machucar novamente e viver naturalmente.
- Não sou um exêntrico por completo; e concordo com sua posição, mas a vida segue e as vezes não se escolhe como viver apenas cria-se armas para resistir ao vento impetuoso da vida, se não estiver preparado para se proteger podes sucumbir de vez, já pensou nisso?
- Se protejer o tempo todo contra o que Artur?
- Não me protejo literalmente, justamente por não me protejer e que vivo os pesadelos mais inóspitos dessa vida, e resisto firmemente. As vezes o que parece proteção é um ataque, nós confundimos muito as coisas, somos seres confusos, de sentimentos confusos, vivemos uma vida confusa e depois morremos. Talvez seja o momento de secar essa garrafa a conversa está ficando séria demais, não acha?
- Se não fosse um ser confuso, de sentimentos confusos, concordaria. Contudo me conte sobre o seu roamance.
-Luíz, creio que não possa contar muita coisa, estou tentando resgatar algumas memórias dar sentido a elas mas tenho a sensação que algo disforme acompanha meu romance, um sentimento estranho ... uma vontade de dizer ao mundo o que nunca poderei dizer numa sala de aula, o que pode comprometer meus planos se é que ainda existem planos.
- Amigo, não quero me intrometer, muito menos julga-lo, amizade é um sentimento estranho; a discordância e o respeito por caminhos diversos na maioria das vezes mantém os amigos unidos ainda que em mundos diferentes. Siga seu caminho, e vamos brindar.
- Pois não, um brinde a vida!
e secaram uma garrafa inteira de Wisky; nessas horas Artur inspirado, abriu a janela no trigésimo andar de gritava em versos ...

Acima as estrelas e o vento doce da noite ...
A lua vem ao nosso encontro numa instância superior.
Embaixo vejo a pequenez da escória da qual fazemos parte...
Mas podemos contemplar o céu acima de nós, no mar do chão carnal
que nos prende a vida na qual acabamos de brindar.

- Luíz desregradamente, grita:estamos bêbados!
viva a desrazão, somos patéticos (risos) se lembrar dos tempos em que vivíamos de bar em bar Weber; não faz muito tempo.
- Erámos uma família, uma pena o Erasmo se foi ... sinto falta dele, ele era a alma dos bêbados da cidade.
- Me lembro, Weber, a morte é algo tão sutil, é uma pena que a esposa dele não queria nos ver no velório e no enterro.
- Em meio risos; e melancôlia pela perda do amigo, Artur diz: A esposa dele nos acusa de te-lo incentivado a beber depois do diagnóstico, ele sabia que ia morrer, e nós respeitamos sua decisão como amigos, bebemos juntos até o último dia de sua vida.
Não me arrependo Luíz.
- Nem eu, Weber, nem eu ...
Depois de tanta bebedeira cada qual procura um aposento a fim de deitar e curar o álcool.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O ROMANCE..

Pela manhã, acorda Artur Weber pensando em seu romance, talvez nunca tenha passado por sua cabeça que escrever um romance fosse tão difícil (...) em sua infância nadou na correnteza dos contrários, passou alguns anos adoecido, se curou; jogava bola como um rei, queria ser jogador, organizava a pelada, chegou a se destacar(...) de certo não era de longe o melhor mas tinha talento; grande menino; ia a igreja com os pais, queria ser pastor, sonhava alto. Nesse tempo sua mãe ditava as ordens, as roupas e o comportamento, tinha sempre bom gosto, de família humilde, filho de operário, Artur Weber se destacava na escola dominical, tinha uma inteligência de menino e uma sabedoria de homem. Nas escrituras sagradas encontrava seu alívio. Menino esperto, organizava a pelada e o pessoal do bairro sempre o chamava, vivia descalço, jogando bola na rua, no clube, em todos os lugares, na escola não era tão ruim, tirava notas boas, sempre tinha uma paixão escondida por uma aluna, coisa de menino. Era contido, não gostava de muita bagunça, por vezes tímido, não chamava muita atenção ou não dava muita atenção ao que ocorria. As professoras do primário sempre diziam - esse menino vive no mundo da lua, é que na verdade tinha muita imaginação, desconstruía e construía o mundo, pensava no que poderia ser se fosse diferente, olhava os jardins da escola com uma atenção voltada aos beija-flores e seu espectáculo emquando se esquecia das lições de matemática, mas mesmo assim, era aplicado conseguia boas notas. Não era primeiro da classe mas chegava na ponta e tinha uma simpatia que conquistava as professoras.
O primário era colorido, lindo, as festas juninas então... corria saltava, era uma alegria só, é verdade que as mulheres amadurecem mais cedo, coisa que Artur não entendia naquela época. As meninas crescendo peitinhos e ele baixinho com aqueles cabelos corridos, não entendia muito bem. Demorou pouco tempo pra entender; mas ele adorava admira-las em secreto com um pudor despudorado, um menino que queria ser pastor já não sabia mais ao certo desde que viu o primeiro par de seios na blusa de uma loira que lhe deu um beijo no rosto na 4º série. A vida ia mudando cada dia mais... Artur como um pré adolescente comum frequentava a igreja, já não queria ser pastor, agora só queria jogar bola, e quem sabe, ser jogador profissional? cultivava um carinho especial pela diversão mas o terror começava a cerca-lo; em família se sentia pouco ambientado, personalidade forte, poucos amigos, muitos colegas, não gostava muito de conversar com os pais, talvez a religião tivesse lhe imputado tanto pudor que não conseguia se adaptar as mudanças de seu corpo, a voz teimava em engrossar, tinha desejo por mulheres mais velhas, principalmente as de dezessete e dezoito anos, entre os doze e treze anos de idade Artur Weber não gostava de comentar com amigos sobre mulheres, nem com seus pais, mas adorava sair as escondidas atrás de uma quadra onde jogava bola e ficar com as meninas que conseguia. No outro dia, pedia sigilo, era puro impulso, quando desejado demais pelas mocinhas lindas de sua idade sentia-se frustrado, pela cobrança dos amigos do futebol ficava intimidado, era inseguro e brilhante, mas muito atrapalhado. Numa das vezes se deixou levar pelas brincadeiras e zombarias e não suportava mais ... ao invés de se impor, aos quatorze anos tudo é diferente uma palavra se torna um terremoto, se intimidou, deixou que os outros falassem por ele, a começar pela própria casa, Artur Weber era obediente, seus pais eram muito rígidos e de certa forma viva uma vida regrada. Não saia como os meninos de sua idade e já não suportava os garotos de sua faixa etária, sua beleza chamava atenção das meninas, mas ele desprezava tal beleza embora fosse vaidoso, talvez, por ser um romântico sem saber. A cada dia ficava mais insuportável, e Artur aos quinze anos se apaixonou perdidamente; um namorico de garoto, mas nesse período já se sentia diferente dos demais, já não era mais o garoto que jogava bola, muito menos o aluno aplicado na escola, em matemática afundara, odiava sala de aula e estava lendo "Nietzsche", Marquês de Sade, entre outros poetas e filósofos nas aulas; isso quando não estava dormindo, pouco importava tempo, aceleração e atrito, ele buscava mais! não sabia o que queria exatamente. Mas os livros eram seus melhores amigos. -Acho que estou conseguindo expor: diz Artur Weber, meu romance não tem nexo, e uma autobiografia reflexiva, tenho lições pra dar a mim mesmo e talvez não termine; é um romance aberto. Espero na próxima página falar melhor desse namorico e de como descobri Nietzsche como anestésico as aulas horríveis que era obrigado a assistir pelo menos em corpo presente. Mas caro leitor, se um dia leres este romance, interprete como a tentativa de escrever a vida (...) se me equivoco, pelo menos tento escrever. - Deitado diante da mobília, Artur Weber Adormece, sem saber o que fazer, pois precisa escrever um romance e não sabe por onde começar.

terça-feira, 7 de julho de 2009

MEU BARQUINHO DE PAPEL.

Um barquinho de papel
navegando até o céu de águas vindouras.
um barquinho de papel, um papel colorido.
um script invertido, um barquinho em alto mar.

um barquinho de papel enfrentada águas ferozes
sem deixar-se abater, uma onda gigante tenaz resistência;
meu barquinho de papel que fazia quando criança dita o ritimo
de minhas lembranças no mar turbulento da vida.

um barquinho de papel uma metáfora tão simplora
que em meio a água faz- me lembrar da vida.
um barquinho de papel ... vou contigo até o céu desse mar infame enxofre.
na beleza solitária do sorriso de criança; um barquinho de papel
faz-me rir em tal lembrança.

talvez sejamos mortos; pois esquecemos nosso barquinho de papel.
Que seja saudosista ... meu barquinho de papel me levou até o céu
chagando lá descobri; o céu não é o limite.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

TEMPESTADE NO SERTÃO.

Tempestade e fotos velhas lembra teu nome a rua passa em transe, somos tragados pelo tempo e sonhamos demais, passamos mais tempo sonhando que vivendo os nossos sonhos e nos lamentamos do que ficou pra trás, choramos um beijo doce que na distância ficou amargo, que na saudade perdeu o cheiro e na tristeza da perspectiva se perdeu na vida.
Ah se tudo fosse diferente e a vida nos desse outra chance, talvez seriamos tão covardes como outrora. Nós já perdemos a noção dos dias e os retratos são figuras no tempo.
Ah se nossa falta nos fizesse ouvir talvez fossemos mais ousados, mas a covardia tomou conta e a vida impôs seu ritimo como uma lei para quem ama (...) nossa distância. O sol brilha pra todos mas nem todos nós queremos nos queimar nesse sertão, nosso grande sertão; pelo qual todos vamos passar; até mesmo os covardes, e aqueles que passam de cabeça erguida dizem sim a vida e nega as perspectivas ao enfrentar o novo por puro amor ou ideal já aqueles que querem estabilidade morrem de sede no oásis mais próximo.Talvez a estepe nos aguarde ou a morte quem sabe, mas é preciso atravessar o sertão.