Pensamos errado, em termos predicativos, transcendental ... quando deveríamos pensar de forma diferente, para além do platonismo. Fundar uma ontologia as avessas como fez Deleuze. Transgredir utilizando o que há de mais nobre no pensamento ocidental, e operar pelos fundos, ser máquina de guerra ao invés de estado. As máquinas de guerra são o contrário do estado, e a evolução a-paralela ao estado. Pensamento como máquina de guerra consiste em guerrear sem declarar guerra, uma guerra que se dá pelos fundos. A maneira dos aparelhos de poder.
Por que pensamos em termos de moral ?
Em todo limiar da vida, pergunta-se pelo sujeito ativo, e não pelos acontecimentos, pelo contrário, os acontecimentos são recriminados por um apelo moral qualquer. O pensamento tem medo de não controlar sob seu jugo transcendental as grandes "verdades" da vida. A questão é outra, os acontecimentos incorporais...os fluxos moleculares engendrando-se em singularidades imperceptíveis faz o acontecimento, enquanto os corpos em sua essência são os mesmos, os acontecimentos são variáveis, únicos, singulares. Eis a diferença. É preciso pensar a diferença em si mesma, e isso é a verdadeira potência, toda vontade de potência não comporta uma moral externa constrangedora. Nosso pensamento opera em termos morais, aceitando o que vem de fora e de dentro sem produzir. Havendo produção, criação, cria-se a vida sob uma nova ótica ética e estética.