quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Lógica do acontecimento. Parte I.

Pensamos errado, em termos predicativos, transcendental ... quando deveríamos pensar de forma diferente, para além do platonismo. Fundar uma ontologia as avessas como fez Deleuze. Transgredir utilizando o que há de mais nobre no pensamento ocidental, e operar pelos fundos, ser máquina de guerra ao invés de estado. As máquinas de guerra são o contrário do estado, e a evolução a-paralela ao estado. Pensamento como máquina de guerra consiste em guerrear sem declarar guerra, uma guerra que se dá pelos fundos. A maneira dos aparelhos de poder.

Por que pensamos em termos de moral ?

Em todo limiar da vida, pergunta-se pelo sujeito ativo, e não pelos acontecimentos, pelo contrário, os acontecimentos são recriminados por um apelo moral qualquer. O pensamento tem medo de não controlar sob seu jugo transcendental as grandes "verdades" da vida. A questão é outra, os acontecimentos incorporais...os fluxos moleculares engendrando-se em singularidades imperceptíveis faz o acontecimento, enquanto os corpos em sua essência são os mesmos, os acontecimentos são variáveis, únicos, singulares. Eis a diferença. É preciso pensar a diferença em si mesma, e isso é a verdadeira potência, toda vontade de potência não comporta uma moral externa constrangedora. Nosso pensamento opera em termos morais, aceitando o que vem de fora e de dentro sem produzir. Havendo produção, criação, cria-se a vida sob uma nova ótica ética e estética.