terça-feira, 30 de setembro de 2008

Nossa Música.

Poesia e noite, mesa farta de pedaços, palpite, solidão.
Abro a janela, minha insônia me abraça. Diz amíude, não quer me deixar...
Sou desespero, apenas uma figura póstuma, se faço algo, só pode ser poesia. Já tentei física,psicánalise e filosofia... na política ví as dores de um poeta menor. se ser poeta e se achar no poço fundo da história, sou garimpeiro a procurar barro no ouro. Se ser poeta é lamentar...
Abraço o cume da vida, sou um passita a procura de vida. Em cada passo, sou o tropeço, o preço de ir adiante. Amor e odio, crime e culpa. Falsete de um delirante. Já é muito tarde, confesso que perdi meu tom enrijecido. Prefiro me calar. façam silêncio! Por favor! façam silêncio - Deixe a silhueta da moça falar, deixe meus ouvidos falar - Calem a boca! me deixe desregrar minha potência. Me deixe durmir. calem a boca! Ouçam, apenas ouçam - Nossa música tocou... Pela última vez.